O vento sopra
Assopra a copa das árvores
Berço das aves
E deita as folhas ao chão...
Quando as folhas caem,Adelia,
Vem o aconchego do outono
Vinho,verso, canção
Precedem aromas de primavera, verão
No inverno,hiberno quimeras
Sonhos, sussurros
Ouça,Dora,isso tudo são vozes de poetas
Ressoam soltas,livres da caixa de pandora
Vê os girassóis ao longo da estrada,Zé povinho?
São cuidadores em descaminhos do sol
Djine jarDjineira das sutilezas
Assim brotam os botões de Rose
Desabrocham sem espinhos em pRosa carinho
Em verso, Bia,Beatriz agita
Sua saia cigana bonita:
Traz doces...Lês o futuro?
Tento expiar o presente(mea culpa)
Através da vidraça embaçada
Mas fantasmas assombram
Há o consolo do vinho supra sumo divino
Há Gerson que gesta arte com ares de menino
Heleno pajador browniano citadino
E voz de trovão
Anuncia mudança de tempo diVersos
Os doze a caminho vencem distâncias
Tempestades,rios aguaceiro
Agua vem e vai e nessa dança
Uma centelha de luz sobre Luiz
Parado - há quem se espante
Todo molhado nosso cavaleiro andante!
Vem a noite estrelando sem espectros sem medos
Julio encanta com seu canto pra lua
Em silvos breves,intensos
Intensa a bailarina Denia dança ao luar
Nesse festival de canticos,anjos,versos
Vem a fada Gercy e faz plim!plim!
Zás-trás a Zaira com sua calça justa jeans
E seus anéis
Pedra nàgua, saturno
Pleiade de alfa a zenite
Cory courier alerta
sobre uma doce voz do passado
Num sussurro:-Vida longa aos poetas!
E nesse todo encanto segue-se a dança com letras
Enleio fim principio meio
Palavra lavra lava incandescente
Nessa renka intento penso
Renga cogito
E do amago do ser vem o grito:
-VIDA LONGA AOS POETAS diVERSOS!!!
Do principio a última letra
Da terra rumo ao infinito
Daqui e a todo e qualquer canto do planeta!!!
Autoria: Conceição Hipólito